Não é de hoje que as redes sociais vem repercutindo e influenciando diretamente em temas políticos.
A propagação da Primavera Árabe, por exemplo, que teve início em 2010,não teria sido a mesma sem os recursos proporcionados pela internet.
Na semana que passou, pessoas foram às ruas em Hong Kong, na China, e um aplicativo está sendo fundamental para a comunicação entre elas. Desde que começaram os protestos em Hong Kong, a censura do governo chinês bloqueou o Instagram e o compartilhamento de fotos no Facebook.
Um aplicativo para mobile, lançado em março desse ano, oFireChat, vem sendo fundamental, pois ajuda na criação de redes mesh, que permitem conexões entre dispositivos que estão próximos fisicamente. Mais de 100.000 novos usuários se cadastraram no FireChat entre domingo e segunda-feira em Hong Kong.
No Brasil não é diferente.
No ano passado, redes sociais, tablets e smartphones foram de extrema importância durante os protestos. Graças aos equipamentos móveis e o fácil acesso à internet, notícias dos protestos, videos e imagens eram compartilhadas em tempo real. O Facebook acabou sendo, junto com o Youtube, a ferramenta de maior divulgação de informações, enquanto o Twitter era o principal meio utilizado para acompanhar acontecimentos em tempo real.
As eleições para presidente desse ano vem tendo uma participação cada vez mais importantes das redes sociais.
Segundo o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Silvio Meira, esta vai ser a primeira campanha em que as redes sociais vão interferir no comportamento do eleitor.
Um levantamento realizado pelo Facebook nesta sexta-feira (03/10), mostra que as eleições brasileiras já somam mais de 240 milhões de interações – comentários, curtidas e compartilhamentos.
Durante os debates políticos, os trending topics do Twitter eram todos relacionados às eleições, como ontem, quando era possível ver qualquer acontecimento inusitado do debate virar TT em poucos minutos. Em um deles, após o apresentador William Bonner interromper os candidatos e reforçar que a pergunta deveria ser relacionada ao tema Previdência, em questão de segundos, a expressão “previdencia” era o terceiro assunto mais falado do Twitter e William Bonner o primeiro.
Devido a toda essa repercussão, os candidatos vem tendo um maior engajamento em suas redes sociais. O Twitter divulgou umTwittermômetroque mostra o ritmo do crescimento de seguidores dos principais candidatos. Marina Silva e Aécio Neves com 17 e 10 tweets por dias são os que mais interagem na rede. O candidato Eduardo Jorge e a candidata Luciana Genro ganharam bastante popularidade nas redes sociais graças as suas performances nos debates.