Impactar com os influenciadores digitais é uma tendência que está de volta com tudo em tempos de pós-pandemia. Afinal de contas, tanto os criativos como as empresas desejam sensibilizar fatias específicas do mercado sem tanto desperdício de abordagens.
Nesse contexto, os nano e microinfluenciadores viraram os novos queridinhos das agências e marcas. Embora eles não sejam exatamente uma novidade, os pequenos formadores de opinião vêm recebendo destaque no marketing de influencia depois da Covid-19, isso porque as organizações têm menos capital para investir nos maiores influenciadores digitais e maior urgência em obter resultados.
Essa realidade já vinha se desenhando no início do ano passado. É o que mostra o resultado de pesquisa feita pela consultoria de marketing de influência norte-americana Linqia. Segundo o levantamento, 78% dos profissionais da área entrevistados planejavam apostar nesse tipo de campanhas em março de 2020. Afinal, apesar de terem menor volume de público, nanos e micros são mais fortes em engajamentos.
O que diferencia influenciador digital, nano e micro influencer?
Na maior parte dos casos, é considerado um nanoinfluenciador ou digital influencer iniciante aquele indivíduo com cerca de 10 mil seguidores. Por sua vez, os microinfluenciaodres digitais contam com perfis com até 100 mil fãs.
Já os influenciadores digitais famosos, aqueles tidos como verdadeiras celebridades da internet, reúnem geralmente mais de 1 milhão de inscritos em suas páginas e canais. Recentemente, os pequenos estão se destacando na capacidade de aumentar o engajamento nas redes sociais.
Por que usar micro influenciadores na sua estratégia de marketing digital?
Primeiramente, neste momento da economia, ainda em crise por causa do coronavírus, os nano e micro oferecem mais resultados com um menor investimento. Essa característica atrai o interesse das marcas e agências em tempos de dinheiro curto, uma vez que impactar com os microinfluenciadores digitais é mais fácil e barato.
Os influenciadores digitais tradicionais são excelentes alternativas para conseguir um grande alcance. Porém, os menores vêm apresentando melhor desempenho quando o objetivo são as conversões.
Por exemplo: de acordo com a plataforma Airfluencers, o poder de engajamento dos nanos no Instagram é seis vezes maior do que os de um grande influenciador.
Assim, os influencers de nichos restritos conseguem construir credibilidade no mundo online de forma mais duradoura, embora não tão abrangente como os maiores influenciadores digitais.
Desafios de atuar com perfis de influenciadores digitais menores
É mais complicado achar um nano ou microinfluenciador digital adequado para as organizações. Isso porque eles têm uma visibilidade menor na rede mundial do que os big influencers. No entanto, as agências de publicidade devem se preocupar em superar esse obstáculo.
Afinal, é papel do criativo fazer a parte operacional da estratégia, isto é, executar as tarefas necessárias para otimizar a marca nas redes sociais por meio desses interlocutores.
Outro contratempo para os profissionais de marketing será convencer os contratantes a não terem uma postura autoritária com os nanos e micros. Assim, para uma campanha desse modelo dar certo, é fundamental uma construção coletiva das ações.
Infelizmente, as empresas não estão acostumadas a trabalhar assim, sendo que é função da publicidade fazer essa intermediação e ajudar no bom relacionamento entre as partes.
Se um negócio quer realmente ser encontrado pelo cliente certo com esse tipo de abordagem, terá de abrir mão da exclusividade na tomada de decisões.
Como os influenciadores digitais podem impactar o seu público?
Os pequenos formadores de opinião são naturalmente muito habilidosos em dialogar de modo empolgante e atraente. Na realidade, esse poder inspirador é natural, já que seus seguidores de fato se identificam com ele. É comum que o lead pense: “nossa, esse cara é gente como eu”. Por isso, impactar com os microinfluenciadores costuma ser mais fácil.
Por outro lado, impulsionar o conteúdo elaborado para quem já exerce relevância em determinado nicho pode ser muito mais eficiente. Veja a seguir algumas dicas de como encantar o público com influenciadores digitais.
Fique de olho nas plataformas especializadas
Já existem plataformas focadas em conectar criativos, empresas e pequenos influenciadores. Esse é o caso da Airfluencers, da Influency.me, da Squid e da Digital Favela (que reúne lideranças da internet com persuasão no público das periferias).
Garanta a liberdade dos criadores de conteúdo
Como já dissemos, a campanha com influenciadores digitais requer maior liberdade para esses autores de conteúdo. Essa independência é necessária para que o resultado seja autêntico, algo essencial nesse tipo de intervenção.
Evidentemente, a agência e a empresa podem opinar no que será feito, mas é o influencer que conhece aquele público, suas preferências, melhores horários para postar etc.
Quem são os influenciadores digitais?
Por mais que um influenciador esteja em alta nas redes sociais, é crucial pesquisar o comportamento pregresso deles. Comentários preconceituosos, racistas e machistas, por exemplo, podem arruinar a reputação da marca.
No ano passado, houve o caso do youtuber PC Siqueira, acusado de pedofilia. Alguns de seus patrocinadores romperam os contratos depois desse episódio, mas nem sempre isso é o bastante para evitar prejuízos para a marca.
Para de fato impactar com os influenciadores digitais, é indispensável uma profunda relação de confiança entre a empresa, a agência de marketing e o formador de opinião. Por exemplo: não dá para usar lives nas campanhas sem um sentimento de identificação e segurança entre os envolvidos.
Marcas que tiveram sucesso no marketing com influenciadores digitais
Diversas iniciativas têm dado certo nesse modelo de marketing de influência. Assim, a agência F.biz realizou uma intervenção para a Omo com a participação de 88 digital influencers brasileiros. Nesse caso, os formadores de opinião trabalharam a hastag#MomentosQueMarcam. O resultado foi a interação com mais de 400 mil clientes.
Mais um exemplo foi da Fanta pela agência Ogilvy. Com 8 youtubers, a iniciativa fez um reality show de sucesso transmitido pelo canal Sony.
Já a fábrica de biscoitos Aymoré também usou influencers para realizar uma brincadeira para comemorar o orgulho de ser de Minas Gerais. Assim, provisoriamente, a empresa mudou seu nome para Uaimoré, conquistando grande audiência nas redes.
O mesmo fez a Wickbold que comemorou seus 80 anos com o lançamento de pães artesanais, também em parceria com vários influenciadores digitais.
Portanto, impactar com influencers brasileiros é uma estratégia em alta, que gera uma boa repercussão e, quando feita com microinfluenciadores, com um investimento mais baixo. Nesses tempos de crise por causa da pandemia, as agências devem ficar atentos a essa modalidade de marketing.
Por falar em se manter atualizado na publicidade, que tal aprender mais um pouco sobre a área? É fácil: leia também nosso post que conta como aumentar o alcance e o engajamento no Facebook!